top of page

RECEITA TRADICIONAL

CHÁ DAS FOLHAS PARA FAZER BOCHECHO NOS CASOS DE INFECÇÕES NA BOCA E NOS DENTES

Contribuição de Marica, 74 anos.

Colher as folhas de Aroeira.

Lavar as folhas em água corrente.

Ferver água na quantidade desejada.

Após a fervura, desligue o fogo e coloque as folhas.

Deixar as folhas em infusão por cerca de 15 minutos.

Coar e fazer o bochecho com o chá.

HISTÓRIA

Há uma lenda que diz que, ao passar por um pé de aroeira, é preciso cumprimentá-lo de forma invertida: pela manhã, deve-se dizer “boa tarde” e, à tarde, “bom dia”. Dizem que, fazendo isso, a planta não causará alergias em quem passar por ela.

Em todas as partes da planta foi identificada a presença de pequena quantidade de alquil-fenois, substâncias causadoras de dermatite alérgica em pessoas sensíveis.1

 

É RECOMENDADO QUE SE CONSULTE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE ANTES DE USAR A PLANTA COMO TRATAMENTO.

É importante lembrar que o consumo excessivo de plantas medicinais pode causar efeitos colaterais, como náusea, diarreia e dor de cabeça. O uso deve ser feito com orientação de um profissional de saúde capacitado, para evitar possíveis efeitos colaterais e garantir o máximo de benefícios da planta.

NÃO UTILIZE A PLANTA EM CASO DE ALERGIA.

Nome científico: Schinus terebinthifolia.

 

Nomes populares: aroeira-branca, aroeira-da-praia, aroeira-do-brejo, aroeira-do-campo, aroeira-do-paraná, aroeira-mansa, aroeira-negra, aroeira-pimenteira, aroeira-precoce, aroeira-vermelha, aguaraíba, bálsamo, cabuí, cambuí, coração-de-bugre, corneíba, fruto-de-raposa, fruto-de-sabiá, coração-de-bugre.

 

Partes usadas medicinalmente: folhas, casca e frutos.

CARACTERÍSTICAS

Árvore mediana com 5 a 10 metros de altura, de copa larga e tronco de 30-60 cm de diâmetro. Frutifica entre os meses de Maio a Julho e seu fruto é conhecido popularmente como Pimenta Rosa. O fruto é brilhante, de cor vermelha, aromático e possui sabor picante e adocicado. Nasce e cresce em áreas da Mata Atlântica, do Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte. Pode ser cultivada a partir de sementes ou por estacas.1

INDICAÇÕES

A decocção da casca é usada tradicionalmente para curar infecções urinárias, ginecológicas e problemas respiratórios, incluindo tosse com sangue. Folhas e frutos são utilizados na lavagem de feridas e úlceras. A planta também é usada como estimulante, reduz sangramentos, elimina líquidos (diurética), ameniza dores e calafrios, além de tratar gripes, resfriados e conjuntivite.2

USOS COMUNS

As cascas desta planta são usadas, segundo a tradição popular, para banhos de assento a partir da decocção. As mulheres fazem esses banhos depois do parto, para ajudar na cicatrização e diminuir inflamações. Também é usado como remédio caseiro para tratar problemas urinários, respiratórios e sangramentos no útero. As folhas e frutos são colocados na água usada para lavar feridas e machucados, embora a eficácia e a segurança do uso destas preparações não tenham sido, ainda, comprovadas cientificamente. As folhas amassadas com cachaça são usadas na pele para ajudar na cicatrização, aliviar dores e coceiras. Já a infusão das folhas é utilizada para reumatismo. Enquanto que a mastigação das folhas frescas é indicada para quem está com inflamações na gengiva.2

DSC05041.jpg
foto (144).jpg
Elementos_TRANSPARENTE_ERVAS AROEIRA.png

Este projeto foi financiado com o incentivo da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, instituída pela Lei nº 14.399, de 08 de julho de 2022.

regua.png

Referências Bibliográficas:

1. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 63

2. HORTO DIDÁTICO DE PLANTAS MEDICINAIS DO HU/CCS – UFSC. Aroeira (Schinus terebinthifolia). Horto Didático de Plantas Medicinais do HU/CCS – UFSC, Florianópolis, 4 dez. 2023. Atualizado em 23 jun. 2025. Disponível em: https://hortodidatico.ufsc.br/aroeira. Acesso em: 29 jun. 2025.

3. DEHDARI, Sahar; HAJIMEHDIPOOR, Homa. Medicinal Properties of Adiantum capillus-veneris Linn. in Traditional Medicine and Modern Phytotherapy: A Review Article. Iran Journal of Public Health, [S.l.], v. 47, n. 2, p. 188–197, fev. 2018. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5810381/. Acesso em: 29 jun. 2025.

4. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 187

5. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 111

6. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 44, 45

7. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 124

8. HORTO DIDÁTICO DE PLANTAS MEDICINAIS DO HU/CCS – UFSC. Picão-preto (Bidens pilosa L.). Horto Didático de Plantas Medicinais do HU/CCS – UFSC, Florianópolis, 18 fev. 2020 (publicado). Atualizado em 29 ago. 2024. Última atualização do site em 23 jun. 2025. Disponível em: https://hortodidatico.ufsc.br/picao-preto/. Acesso em: 26 jun. 2025.

9. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 427

10. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 180 11. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 180, 181

bottom of page