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RECEITA TRADICIONAL
CHÁ PARA A TOSSE
Contribuição de Maria (90 anos).
Colher as folhas da Avenca.
Enquanto coloca água na quantidade desejada para ferver, lave as folhas em água corrente. Após a fervura, desligue o fogo e coloque as folhas. Deixar em infusão por cerca de 15 minutos. Coe as folhas e o chá está pronto para beber.
HISTÓRIA
Uma onda de coqueluche atingiu a Ibiraquera entre os anos de 1944 e 1945. A grave epidemia foi contida pelos moradores com a Avenca que na época era facilmente encontrada em costas de morro e lugares úmidos com sombra. Segundo a Maria, uma moradora agora com 90 anos, a epidemia custou a vida de diversas crianças da comunidade. Maria conta que seu tio ia até o morro da Praia da Ibiraquera para retirar as avencas com enxada e levar para casa. A Coqueluche era conhecida por tosse comprida, pois durava em torno de seis meses.
É RECOMENDADO QUE SE CONSULTE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE ANTES DE USAR A PLANTA COMO TRATAMENTO.
É importante lembrar que o consumo excessivo de plantas medicinais pode causar efeitos colaterais, como náusea, diarreia e dor de cabeça. O uso deve ser feito com orientação de um profissional de saúde capacitado, para evitar possíveis efeitos colaterais e garantir o máximo de benefícios da planta.
NÃO UTILIZE A PLANTA EM CASO DE ALERGIA.
Nome científico: Adiantum capillus-veneris.
Nomes populares: samambaia-da-índia.
Partes usadas medicinalmente: Folhas, rizomas e raízes.
CARACTERÍSTICAS
A Avenca, samambaia da família Pteridaceae, é uma planta resistente e aromática, que se desenvolve bem em regiões de clima quente e úmido. Pode chegar até 35 cm de altura, com rizoma rasteiro e folhas que crescem em duplas, chegando a medir 50 cm. Facilmente encontrada em diversos continentes do planeta, como o sul da Europa, Irlanda, América Central, América do Sul, Austrália e Irã.3
INDICAÇÕES
Entre os principais benefícios da planta, podemos realçar a ação contra diabetes, convulsões, dores, colesterol alto, problemas de tireoide, infecções por bactérias e fungos. A Avenca também acelera a cicatrização, ajuda na luta contra a obesidade, diminui a queda de cabelo, e ainda é eficaz no tratamento de asma, inflamações, diarreia e cólicas, além de possuir eficácia comprovada como antioxidante, diurético, na eliminação de pedras nos rins. Estes efeitos já eram conhecidos por médicos da antiguidade.3
USOS COMUNS
A Avenca é bastante utilizada através de chás, que são preparados por infusão das folhas. A bebida alivia problemas do trato respiratório, tosses persistentes, bronquites, asma leve e congestões pulmonares.
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Este projeto foi financiado com o incentivo da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, instituída pela Lei nº 14.399, de 08 de julho de 2022.
Referências Bibliográficas:
1. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 63
2. HORTO DIDÁTICO DE PLANTAS MEDICINAIS DO HU/CCS – UFSC. Aroeira (Schinus terebinthifolia). Horto Didático de Plantas Medicinais do HU/CCS – UFSC,
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3. DEHDARI, Sahar; HAJIMEHDIPOOR, Homa. Medicinal Properties of Adiantum capillus-veneris Linn. in Traditional Medicine and Modern Phytotherapy: A
Review Article. Iran Journal of Public Health, [S.l.], v. 47, n. 2, p. 188–197, fev. 2018. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5810381/. Acesso em: 29 jun. 2025.
4. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 187
5. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 111
6. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 44, 45
7. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 124
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10. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 180 11. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 180, 181