

RECEITA TRADICIONAL
BANHO DE ASSENTO PARA AJUDAR NO TRATAMENTO DE INFECÇÃO URINÁRIA E INFLAMAÇÃO DO APARELHO URINÁRIO COM PICÃO-PRETO E TANSAGEM
Contribuição de Custódia, 67 anos.
Colher as folhas do Picão Preto e da Tansagem e lavá-las bem em água corrente enquanto coloca uma panela de água para esquentar. Depois que a água ferver, desligue o fogo e coloque as folhas. Deixe abafado por 15 minutos, coe a infusão e transfira para uma bacia grande em que possa se sentar. O banho de assento está pronto. É recomendado ficar até amornar e evitar colocar os pés diretamente no chão frio, durante e após fazer.
É RECOMENDADO QUE SE CONSULTE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE ANTES DE USAR A PLANTA COMO TRATAMENTO.
É importante lembrar que o consumo excessivo de plantas medicinais pode causar efeitos colaterais, como náusea, diarreia e dor de cabeça. O uso deve ser feito com orientação de um profissional de saúde capacitado, para evitar possíveis efeitos colaterais e garantir o máximo de benefícios da planta.
NÃO UTILIZE A PLANTA EM CASO DE ALERGIA.
Nome científico: Plantago major.
Nomes populares: Tanchagem, tanchagem-maior, tanchás, tachá, tansagem, tranchagem, transagem, sete-nervos,
tançagem, tanchagem-média, plantagem.
Partes usadas medicinalmente: folhas e sementes.
CARACTERÍSTICAS
A tansagem é uma pequena erva, com cerca de 20 a 30 centímetros de altura, que veio da Europa e se espalhou pelo sul do Brasil. Tem flores bem pequenas, que crescem em hastes eretas. Essas flores tornam-se sementes, que podem ser colhidas facilmente com o passar dos dedos. Multiplica apenas por tais sementes e costuma crescer espontaneamente em terrenos baldios, muitas vezes considerada mato ou erva daninha. Seu uso como planta medicinal se originou durante a Idade Média.9
INDICAÇÕES
A tansagem é considerada diurética, expectorante, cicatrizante, combate a diarreia e ajuda a estancar sangramentos. Por isso é indicada para tratar infecções respiratórias, bronquite crônica e também como apoio no tratamento de úlceras no estômago, esôfago ou intestino. A planta também é conhecida por controlar a pressão alta e combater inflamações.9
USOS COMUNS
A literatura etnofarmacológica (que se refere ao estudo do uso tradicional de plantas e outros remédios naturais por diferentes culturas e comunidades) recomenda tomar o chá das sementes da Tansagem em jejum. Basta deixar 1 colher de sopa das sementes, maceradas, de molho em um copo com água fervente durante a noite. Esse preparo é usado como laxante e para a limpeza do organismo. A planta também é usada para infecções de pele, como acne e espinhas, basta aplicar o chá diretamente na área afetada com um algodão. Esse preparo é feito com 2 colheres de sopa de folhas picadas, fervidas em 1 copo de água por 15 minutos, e depois misturadas com 1 colher de sopa de mel. As folhas da Tansagem amassadas com glicerina e espalhadas sobre uma gaze, podem ser usadas como cataplasma para tratar feridas, queimaduras e picadas de insetos. Esta planta especial também auxilia em casos de amigdalite, faringite, gengivite, estomatite, traqueíte, ou para ajudar a limpar as vias respiratórias de fumantes. Nestes casos, é indicado fazer gargarejos com o há, 2 a 3 vezes ao dia, na medida de 2 colheres de sopa de folhas picadas para 1 xícara de água fervente.9

Este projeto foi financiado com o incentivo da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, instituída pela Lei nº 14.399, de 08 de julho de 2022.

Referências Bibliográficas:
1. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 63
2. HORTO DIDÁTICO DE PLANTAS MEDICINAIS DO HU/CCS – UFSC. Aroeira (Schinus terebinthifolia). Horto Didático de Plantas Medicinais do HU/CCS – UFSC, lorianópolis, 4 dez. 2023. Atualizado em 23 jun. 2025. Disponível em: https://hortodidatico.ufsc.br/aroeira. Acesso em: 29 jun. 2025.
3. DEHDARI, Sahar; HAJIMEHDIPOOR, Homa. Medicinal Properties of Adiantum capillus-veneris Linn. in Traditional Medicine and Modern Phytotherapy: A Review Article. Iran Journal of Public Health, [S.l.], v. 47, n. 2, p. 188–197, fev. 2018. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5810381/. Acesso em: 29 jun. 2025.
4. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 187
5. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 111
6. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 44, 45
7. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 124
8. HORTO DIDÁTICO DE PLANTAS MEDICINAIS DO HU/CCS – UFSC. Picão-preto (Bidens pilosa L.). Horto Didático de Plantas Medicinais do HU/CCS – UFSC, Florianópolis, 18 fev. 2020 (publicado). Atualizado em 29 ago. 2024. Última atualização do site em 23 jun. 2025. Disponível em: https://hortodidatico.ufsc.br/picao-preto/. Acesso em: 26 jun. 2025.
9. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 427
10. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 180 11. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 180, 181