


Nome científico: Bixa orellana.
Nomes populares: Urucu, colorau, urucuzeiro, açafrão, falso açafrão.
Partes usadas medicinalmente: frutos e sementes.
CARACTERÍSTICAS
O Urucum cresce como um grande arbusto ou uma árvore pequena e chega a medir de 3 a 5 metros. Seus frutos nascem em cachos com até 17 unidades. É nativa da América tropical, incluindo a região amazônica do Brasil. A planta é cultivada com a finalidade doméstica ou para uso industrial.10
INDICAÇÕES
As sementes do Urucum são usadas como remédio para o estômago, auxilia na digestão e no funcionamento do intestino. Também são indicadas para combater diarreia e febre. Em tratamentos caseiros, estas sementes são usadas para aliviar palpitações no coração, crises de asma, coqueluche e gripe.10
USOS COMUNS
Na medicina popular, as sementes são utilizadas na forma de chás ou são deixadas de molho em água fria ou ainda preparadas como xarope para tratar dores de garganta e bronquite. A pasta feita com as sementes também é aplicada na pele para tratar queimaduras, ajudando a evitar bolhas. Algumas pessoas ingerem esta pasta como afrodisíaco. O cozimento das folhas é bebido para atenuar os enjoos da gravidez. Vale lembrar que esses usos são tradicionais e ainda não têm comprovação científica.12
.jpg)
O consumo das sementes ou da raiz pode ser abortivo.
É RECOMENDADO QUE SE CONSULTE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE ANTES DE USAR A PLANTA COMO TRATAMENTO.
É importante lembrar que o consumo excessivo de plantas medicinais pode causar efeitos colaterais, como náusea, diarreia e dor de cabeça. O uso deve ser feito com orientação de um profissional de saúde capacitado, para evitar possíveis efeitos colaterais e garantir o máximo de benefícios da planta.
NÃO UTILIZE A PLANTA EM CASO DE ALERGIA.
HISTÓRIA
O uso do urucum remota o período pré-colonial, quando os povos indígenas do país usavam o pigmento do urucum para pintar a pele, como ornamento ou para se proteger de insetos e do sol. Esta planta popular é amplamente usada como corante natural em alimentos, realçando as refeições com um vermelho vibrante; o pó é conhecido popularmente como colorau. Em 1500, na primeira expedição portuguesa ao Brasil, é possível achar registros de que os indígenas da costa da Bahia usavam essa tinta vermelha. Uma prova concreta do cultivo da planta, que não é natural da região.10
RECEITA TRADICIONAL
COLORAU
Receita fornecida por Nida, 69 anos.
Colher os frutos do Urucum já secos ou colocá-los para secar em uma peneira ao sol, caso ainda estejam verdes. Quando secarem, abri-los e retirar as sementes. Colocar numa panela de ferro, óleo de sua escolha junto com as sementes e fritar com um pouco de fubá, misturando bem, até o fubá ser todo tingido pelo Urucum. Após desligar a fogo, macerar a mistura com a ajuda de um pilão ou bater no liquidificador. Depois de bater, é só peneirar e o colorau já está pronto para ser utilizado.
Este projeto foi financiado com o incentivo da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, instituída pela Lei nº 14.399, de 08 de julho de 2022.

Referências Bibliográficas:
1. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 63
2. HORTO DIDÁTICO DE PLANTAS MEDICINAIS DO HU/CCS – UFSC. Aroeira (Schinus terebinthifolia). Horto Didático de Plantas Medicinais do HU/CCS – UFSC, Florianópolis, 4 dez. 2023. Atualizado em 23 jun. 2025. Disponível em: https://hortodidatico.ufsc.br/aroeira. Acesso em: 29 jun. 2025.
3. DEHDARI, Sahar; HAJIMEHDIPOOR, Homa. Medicinal Properties of Adiantum capillus-veneris Linn. in Traditional Medicine and Modern Phytotherapy: A Review Article. Iran Journal of Public Health, [S.l.], v. 47, n. 2, p. 188–197, fev. 2018. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5810381/. Acesso em: 29 jun. 2025.
4. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 187
5. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 111
6. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 44, 45
7. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 124
8. HORTO DIDÁTICO DE PLANTAS MEDICINAIS DO HU/CCS – UFSC. Picão-preto (Bidens pilosa L.). Horto Didático de Plantas Medicinais do HU/CCS – UFSC, Florianópolis, 18 fev. 2020 (publicado). Atualizado em 29 ago. 2024. Última atualização do site em 23 jun. 2025. Disponível em: https://hortodidatico.ufsc.br/picao-preto/. Acesso em: 26 jun. 2025.
9. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 427
10. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 180 11. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 180, 181