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RECEITA TRADICIONAL

TRAVESSEIRINHOS RECHEADOS COM AS FLORES

Receita muito popular entre moradores nativos, compartilhada por Elieza (53 anos), Martinha (88 anos) e Maria (90 anos).

Colher as flores da Macela e colocá-las numa peneira para secar ao sol. Quando estiverem secas, estão prontas para serem usadas de recheios em travesseiros e acolchoados.

HISTÓRIA

Segundo nativos da comunidade da Ibiraquera, antigamente os travesseiros eram feitos com o preenchimento de Macela. Porém, estas pessoas também contam que tais travesseiros eram feitos assim, não somente pela propriedade calmante da planta, mas por ser o único material que havia disponível na época. Já os colchões eram recheados de palha de bananeira, algumas vezes também com um pouco de Macela. Importante ressaltar, que antes da chegada de pessoas que vieram de fora, esta era uma comunidade simples, com poucos recursos materiais e que vivia essencialmente da pesca e da roça. Na tradição local, colhe-se a planta ao amanhecer da sexta-feira santa, pois acredita-se que esta é abençoada pelo orvalho fresco da manhã e por isso possui maior poder medicinal.

É RECOMENDADO QUE SE CONSULTE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE ANTES DE USAR A PLANTA COMO TRATAMENTO.


É importante lembrar que o consumo excessivo de plantas medicinais pode causar efeitos colaterais, como náusea, diarreia e dor de cabeça. O uso deve ser feito com orientação de um profissional de saúde capacitado, para evitar possíveis efeitos colaterais e garantir o máximo de benefícios da planta.


NÃO UTILIZE A PLANTA EM CASO DE ALERGIA.

Nome científico: Achyrocline satureioides.

 

Nomes populares: Alecrim de parede, camomila nacional, carrapichinho de agulha, chá de lagoa, losna do mato, macela amarela, macela da terra, macela do campo, macela do sertão, marcelinha, paina.

Partes usadas medicinalmente: Inflorescências.

CARACTERÍSTICAS

A Macela é uma planta perene que cresce entre 60 e 120 cm de altura. A espécie é encontrada facilmente em campos abertos do Sul e Sudeste do Brasil, onde costuma aparecer sozinha em pastos e beiras de estrada. Por isso, é considerada por muitos agricultores como uma “planta daninha”.5

INDICAÇÕES

O chá da Macela é feito com as flores, folhas e ramos secos da planta. Na dosagem, se usa 5 gramas para cada litro de água fervente. O chá é eficaz no tratamentode problemas no estômago, epilepsia e cólicas causadas por nervosismo. Também é utilizado como anti-inflamatório, anti espasmos musculares e analgésico, para diarreia, como sedativo e auxilia o fluxo menstrual.5

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USOS COMUNS

Em várias regiões, as flores secas desta planta são usadas para rechear travesseiros e acolchoados. Já o chá feito com a planta é bastante recomendado para ajudar na digestão e no tratamento de diarreia e disenteria — especialmente quando tomado em jejum e novamente meia hora antes das principais refeições. No uso externo, a planta também é eficaz contra dores como reumatismo, cólicas (renais e intestinais), dores musculares, articulares, nevralgias e cólicas menstruais. Nesses casos, é usada em forma de cataplasma ou banho, preparados com 5 colheres de sopa da planta picada em 1 litro de água fervente. Na Argentina, a infusão de 20 gramas de flores por litro de água quente é ingerida para regular o ciclo menstrual e para o tratamento da asma, enquanto que no Uruguai o seu chá tem a mesma aplicação, além de ser usado para problemas digestivos, induzir a menstruação, como sedativo e anti espasmos musculares.5

Este projeto foi financiado com o incentivo da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, instituída pela Lei nº 14.399, de 08 de julho de 2022.

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Referências Bibliográficas:

1. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 63

2. HORTO DIDÁTICO DE PLANTAS MEDICINAIS DO HU/CCS – UFSC. Aroeira (Schinus terebinthifolia). Horto Didático de Plantas Medicinais do HU/CCS – UFSC,

Florianópolis, 4 dez. 2023. Atualizado em 23 jun. 2025. Disponível em: https://hortodidatico.ufsc.br/aroeira. Acesso em: 29 jun. 2025.

3. DEHDARI, Sahar; HAJIMEHDIPOOR, Homa. Medicinal Properties of Adiantum capillus-veneris Linn. in Traditional Medicine and Modern Phytotherapy: A

Review Article. Iran Journal of Public Health, [S.l.], v. 47, n. 2, p. 188–197, fev. 2018. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5810381/. Acesso em: 29 jun. 2025.

4. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 187

5. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 111

6. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 44, 45

7. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 124

8. HORTO DIDÁTICO DE PLANTAS MEDICINAIS DO HU/CCS – UFSC. Picão-preto (Bidens pilosa L.). Horto Didático de Plantas Medicinais do HU/CCS – UFSC, Florianópolis, 18 fev. 2020 (publicado). Atualizado em 29 ago. 2024. Última atualização do site em 23 jun. 2025. Disponível em: https://hortodidatico.ufsc.br/picao-preto/. Acesso em: 26 jun. 2025.

9. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 427

10. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 180 11. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2021. P. 180, 181

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